Consiste na introdução de um tubo ótico e permite a visualização no interior das tubagens para diagnóstico de anomalias que, de outra forma, não seriam possíveis de identificar e localizar.
Existe uma enorme diversidade de tipo de câmaras de vídeo, adaptadas às mais diversas situações de acordo com o diâmetro e extensão da rede de esgotos a inspecionar. Por norma não se recorre a uma inspecção de vídeo para desentupir um cano, até porque se está entupido não será possível visualizar em pleno o interior do cano. Por outro lado a esmagadora maioria dos equipamentos de vídeo são altamente sensíveis o que leva o operador técnico a não arriscar a danificar a ferramenta de trabalho.
Geralmente recorre-se à inspecção de vídeo imediatamente a seguir a um desentupimento para dar garantia que o mesmo será duradouro, não por existirem dúvidas se ficou bem ou mal desentupido mas sim, por exemplo, para perceber se não existem outros ramais não previstos em estruturas fora de norma ou atravancamentos provocados por curvas acentuadas, abolachamento, tubos desencaixados ou ainda desníveis insuficientes.
Outra forte razão para recorrer ao vídeo é o mapeamento de redes de esgoto das quais não temos quaisquer ideias por onde passam. Por vezes, e fruto dos anos ou de obras de remodelação acabamos por perder a noção por onde passam os canos ou caixas de esgoto ou, não estando estas acessíveis para manutenção, a rede acaba por entupir. Enquanto não forem identificados os ramais e as respectivas caixas não é possível desentupir e, mesmo após a localização deverá proceder-se à abertura das mesmas, mesmo que isso signifique partir aquele mosaico que gosta tanto.
Quando se trata de redes no exterior em jardins, junto às árvores e arbustos pode ocorrer abolachamento dos canos quando as raízes das plantas procuram água e acabam por encontrar o cano da parte exterior. Quando este fenómeno ocorre é necessário identificar com precisão a localização da anomalia e abrir uma vala de modo a permitir a substituição parcial da tubagem, localização esta que de outro modo não seria possível.
Além da simples inspecção de vídeo com câmera de empurrão, podemos também recorrer à vídeo inspeção robotizada com câmara de alta resolução e cabeça rotativa, normalmente mais adequada para ramais de diâmetro a mais elevado, sendo também necessário uma caixa de no mínimo 50×50 cm para introdução do mesmo. Este sistema produz um relatório de alta precisão muitas vezes utilizado como guia na reabilitação robotizada de tubagem.