Com os anos, os materiais acabam por se degradar, podendo isto resultar das intervenções de manutenção de desentupimentos, do uso de produtos químicos, da deslocação das argamassas ou mesmo de raízes de árvores, quando se trata de esgotos localizados em jardins e outros locais similares.
Por norma, uma fuga/infiltração da rede de esgotos não é simples de perceber. Em alguns casos, pela sua natureza esporádica, algumas fugas só ocorrem quando existem alterações acentuadas de caudal e, por sua vez, a pressão/peso. Não sendo esta uma rede pressurizada, detectar uma pequena fissura numa rede de esgotos ou águas pluviais pode revelar-se um sério problema.
Nestas circunstâncias, muitas vezes o maior problema é o diagnóstico, já que, ainda que exista o indício de infiltração e se suspeite das redes de esgotos ou pluvial, não se consegue reproduzir o problema de modo a possibilitar o diagnóstico e localização do problema.
Muitas vezes, nestas situações, recorremos a colorantes, insuflação de águas quentes ou mesmo balões de tamponamento mas, para se localizar com precisão, é normalmente utilizado o recurso de vídeo inspecção. Este método consiste na introdução de um cabo óptico, que além de visualizar, permite também localizar a ponta do cabo através das paredes, e, deste modo identificar o ponto exacto da ruptura, desde que a mesma tenha sido identificada visualmente através do aparelho.
Importa referir que todos os métodos, por melhores e mais eficazes que sejam, têm sempre as suas limitações e a precisão é variável. Não será igual trabalhar com um esgoto com 5 metros de extensão a 50 cm de profundidade ou um esgoto de 100 metros de extensão a 3 metros de profundidade. Este e outros cenários mais ou menos comuns podem influenciar a margem de precisão, sendo que, por norma, o recurso à vídeo inspecção é compensatório comparado com possibilidade de ter de substituir toda a tubagem.